Caixas d'água de amianto novamente no mercado brasileiro: Saiba o perigo que apresentam à saúde
- Ideal Consultoria Júnior
- 18 de set. de 2019
- 2 min de leitura

Todos conhecemos alguém que tenha em casa algumas telhas ou caixa d’água de fibra de amianto. Geralmente, as encontramos em casas mais antigas, visto que desde novembro de 2017 o Supremo Tribunal Federal proibiu a produção, venda e uso do amianto em todo o território brasileiro. Após um período de adaptação, os produtores brasileiros pararam de extrair o mineral no dia 1 de fevereiro de 2019. Contudo, atualmente a liberação da exploração do amianto vem sendo pauta de debates no âmbito político em Goiás, local onde situam-se grandes produtores deste material. No dia 21 de maio, um projeto que autoriza a extração de amianto no estado foi aprovado em primeira votação, com unanimidade, no plenário da Assembleia Legislativa de Goiás.
Eles alegam que o tipo de amianto brasileiro é o crisotila puro, que seria menos contaminante, e, por isso, sua proibição deveria ser cancelada. Utilizam o argumento de que a aprovação é importante para a economia do Estado, em função dos empregos gerados e de que o amianto traz “apenas” problemas oriundos do trabalho aos operários.

O amianto (também conhecido como asbesto) é uma fibra mineral com textura sedosa, e é extraído de rochas cuja composição consiste em silicatos, hidratados de ferro e magnésio. Ele é comumente usado em telhados e caixas d’água por ser um material com alta resistência ao fogo e à corrosão, além de ter baixo custo de produção e pouco peso.

O amianto já é proibido em quase toda a União Europeia e nos Estados Unidos devido às suas propriedades cancerígenas e altamente nocivas à saúde.
Apesar de suas qualidades, ao ser cortado ou manuseado, as fibras soltam um pó que é facilmente inalado ou engolido e, uma vez dentro do corpo humano, a poeira nunca mais é eliminada. Essas fibras, além de serem imunes às células de defesa do nosso corpo, estimulam as mutações celulares que são a origem do câncer de pulmão, caracterizado pela quebra dos mecanismos celulares naturais do órgão. Alguns de seus sintomas são: tosse, falta de ar, chiado no pulmão, presença de sangue no escarro e dor no peito. Outras doenças oriundas da inalação de microfibras de amianto são a asbestose e o mesotelioma.
Os profissionais com maior risco de exposição ao amianto são os encanadores, carpinteiros, soldadores, eletricistas, mineradores, zeladores e principalmente os trabalhadores da construção civil e naval.

Fique Atento!
Agora que sabemos dos perigos que o amianto apresenta à saúde, é importante evitarmos fazer uso dele. Recomenda-se, para quem tenha telha ou caixa d’água de amianto, que as substitua com urgência. O descarte de amianto tem que ser feito juntamente com resíduos tóxicos, em aterros especializados. Como o amianto é um material que não pode ser reutilizado ou reciclado, é necessário procurar postos de coleta ou entrar em contato com a prefeitura da cidade em questão para fazer o despejo correto.
Autor: Giuseppe Scardino.
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