A Ponte Presidente Costa e Silva, mais comumente chamada de Ponte Rio-Niterói, foi construída com o intuito de solucionar os problemas de mobilidade entre os municípios do Rio de Janeiro e Niterói, localizados no estado do Rio de Janeiro. Seu projeto foi assinado pelo presidente Costa e Silva em 1968 e em 1969 deu-se início a sua construção.
A ponte une a Ponta do Caju, no Rio de Janeiro, à Avenida do Contorno, em Niterói, sobre a Baía de Guanabara, e possui cerca de 13,3 km de extensão e altura de 72 metros, sendo que a maior parte de sua estrutura foi executada de concreto armado, com exceção dos três vão centrais que foram estruturados por vigas gêmeas celulares de aço.
Desde a sua construção, a ponte passa por trabalhos de revigoramento e conservação estrutural para continuar funcionando. Um desses trabalhos de conservação, muito importante para que a ponte pudesse continuar em funcionamento, foi o de contenção de oscilações verticais na estrutura.
Ventos que chegam à estrutura, vindos da região sudoeste com velocidade de 50 a 60 km/h, atingem o seu vão central e já chegaram a proporcionar um deslocamento pico a pico no vão de 1,20 metros, o equivalente a 60 cm de oscilação para cima e para baixo em relação ao seu estado normal.
Essas oscilações geraram desconforto e até pânico nos usuários que trafegavam no momento pela ponte, fazendo com que algumas pessoas até abandonassem seus carros na via e ocasionaram o fechamento do tráfego de veículos na ponte uma ou duas vezes a cada dois anos, desde a sua primeira ocorrência.
Diante dessa situação e visando solucionar esse problema, foi implantado na ponte o sistema de amortecimento de Atenuadores Dinâmicos Sincronizados (ADS), desenvolvido e patenteado pelo professor Ronaldo Battista, do Programa de Engenharia Civil da COPPE.
Esse sistema é composto por 32 atenuadores instalados dentro das vigas do vão central da ponte, juntamente com caixas de aço presas por molas a uma estrutura metálica. Toda vez que a ponte começa a balançar devido a ação do vento os atenuadores automaticamente entram em ação, fazendo um movimento de “sobe e desce” das caixas
de aço, produzindo forças de inércia que equilibram as forças produzidas pela estrutura.
A implantação deste sistema de amortecimento foi de grande importância para que a ponte continuasse sempre ativa, já que, antes de sua implantação, era necessário que ela fosse interditada quando os ventos gerassem oscilações na estrutura. Ele diminui em 80% as oscilações já registradas, proporcionando assim maior conforto e segurança de seus usuários, e garantindo o bom funcionamento desse marco da engenharia brasileira.
Autor: Amanda Oliveira
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